Aprenda a ajudar seu filho na luta contra os medos que o impedem de se tornar valente
O medo é uma condição básica da natureza humana, uma reação normal a uma agressão ou a um perigo. Na adolescência, contudo, um tipo de medo que predomina é o de não agradar os outros, de não encontrar um caminho na vida. É importante, portanto, educar as crianças de forma que não cedam ao medo, que saibam lidar com ele com coragem e superá-lo quando as circunstâncias o exigirem.
Para educar os filhos para a coragem, algumas habilidades podem ajudar. Confira sete pontos que devem ser levados em conta nessa tarefa e que fazem parte do processo de educar pessoas valentes:
1. Saber identificar os próprios medos. Se temos medo de falar em público ou de olhar as pessoas nos olhos, é melhor saber isso antes que nos ponham diante de uma plateia. Ser valente é se conhecer bem, conhecer nossas virtudes e defeitos. Não há outra forma de lidar com nossos limites.
2. Enfrentar os próprios temores. Às vezes, aparece a oportunidade de enfrentar algum medo bobo. Sabe aquele legume que você detesta e que servem com todo o carinho na casa de um amigo? Enfrentá-lo pode ser uma verdadeira batalha, mas se a enfrentamos, crescemos ao comprovar que esse medo era irracional.
3. Aprender a suportar as provas. A coragem exige fortaleza: querer ser corajoso sem que custe é como querer aprender a tocar violão sem praticar. Atender a cada mimo e a cada capricho nosso debilita nossa capacidade de esforço. Já os desafios, a fortalecem.
4. Uma âncora na qual confiar. Quando as nossas âncoras são seguras – nossa confiança em nossa família, nos amigos de verdade, em Deus – é muito difícil temer algo. Não teremos medo nem de um professor que invocou conosco, nem daquela final de campeonato, por que sempre colocaremos na balança a seguinte questão: qual a pior coisa que pode acontecer em relação a isso? E veremos que é pouco. Somente com uma boa âncora se obtém a perspectiva necessária para dar a cada coisa a importância que merece.
5. Valentia é para meninos e meninas. Não há por que associar a valentia apenas à educação dos meninos. É preciso enfatizar a educação da força da vontade e de uma saudável autonomia também nas meninas. Do mesmo modo, tanto com uns quanto com outros, não se deve confundir a educação à valentia com o incentivo à agressividade, à superioridade, etc.
6. Educar para a prudência. A prudência é a virtude que nos ajuda a decidir a melhor opção entre várias possíveis. É uma virtude que leva à ação. A pessoa prudente não fica parada esperando que a situação se resolva sozinha. Para exercer a coragem, a prudência é fundamental.
7. Sublinhar princípios claros. São eles que nos fazem superar o medo e agir. Se um amigo meu está sendo atacado e tenho medo de defendê-lo, supero esse medo se a amizade é um valor importante para mim. Se uma pessoa está em necessidade, mas tenho medo de me aproximar, é ter por princípio a dignidade humana que me tirará do conforto.