Na área do desenvolvimento humano, um conceito muito valorizado atualmente é a resiliência, a capacidade de superar adversidades sem se despedaçar. A pessoa resiliente é dura na queda: enfrenta crises, sofre perdas, encara fracassos e continua firme, não desiste de seus objetivos. Parece até que quanto mais problemas enfrenta, mais forte fica.
Não é se de estranhar que essa característica seja tão valorizada. O mundo globalizado é imprevisível, e a qualquer momento podemos enfrentar situações críticas, turbulências, mudanças que inviabilizam nossos projetos, até mesmo uma dispensa do trabalho. O mundo de hoje não nos oferece garantia de nada; nós é que temos de nos garantir, tendo o preparo necessário para enfrentar as situações inesperadas.
Penso que a chave da resiliência está na forma como se interpretam as experiências difíceis e estressantes da vida. Revoltar-se contra essas situações, encará-las com pessimismo ou reclamar como o mundo é injusto, que é a atitude de muita gente, não leva a nada. Mas quando se consideram as crises e dificuldades como fatos naturais da vida, que nos proporcionam oportunidades de crescimento, é possível enfrentá-las com algum equilíbrio e consciência.
Se você quiser desenvolver a qualidade da resiliência, comece a interpretar as dificuldades como desafios e dirija sua energia para superá-los, não para lamentá-los. Tire proveito deles para desenvolver novas competências e se fortalecer. Ao assumir essa postura e repeti-la ao longo do tempo, chegará um momento em que nada poderá abalar sua autoconfiança, pois você já terá passado por muita coisa e saberá que tudo dá certo no final. Então compreenderá que resiliência não é um “poder especial” que algumas pessoas têm, mas, simplesmente, uma atitude perante a vida.
Pense nisto!