Marketplace: Estratégia Digital para os Pequenos Varejos

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Nos últimos 4 meses tive a oportunidade de mergulhar mais a fundo no dia-a-dia dos pequenos varejos para entender seus desafios e oportunidades. Não é tarefa fácil batalhar com os grandes players pelos mesmos clientes. Soluções digitais aparecem como alternativas para se manterem relevantes e buscarem novos mercados. Uma dessas iniciativas é a estratégia de marketplace. O Sebrae divulgou recentemente a Pesquisa Nacional do Varejo Online e aponta que 52% das micro e pequenas empresas preferem usar o marketplace como canal de vendas.

Marketplace é o lugar em que o cliente encontra de tudo. Ele entrega a solução completa. Quanto mais o cliente compra, mais benefícios adquire como entrega expressa, frete grátis, charge back, pontos em programa fidelidade e tantos outros. Depois de realizar as primeiras compras em um determinado marketplace, faz sentido para o cliente continuar comprando nesse mesmo canal, pois além de acumular benefícios, ele já testou e confia no nível de entrega, serviço e atendimento.

Hoje 66% da população brasileira tem acesso a internet e é o 9º país no ranking dos que mais compram em marketplace. Portanto, consumidores e mercado existe, para o pequeno varejo pode ser uma ótima oportunidade se bem planejada e executada.

3 principais estratégias o pequeno varejo pode determinar ao utilizar o marketplace como canal:

o Não possuir uma loja online própria e usar o marketplace como canal de venda digital. Nesse cenário o varejista não precisa investir na sua própria loja, ele remunera o marketplace apenas pelas vendas realizadas, porém com uma margem mais apertada já que as comissões cobradas podem ser altas.

o Ter sua própria loja online e utilizar o marketplace como um canal de divulgação para a sua marca. Nesse cenário o varejista deve selecionar alguns produtos para trabalhar com margem menos agressiva, conquistar novos clientes, e realizar ações de recompra com esse novo público que ele atingiu.

o Ter sua própria loja online e utilizar o markpltace como novo canal de venda adicional. Para esse terceiro cenário, o varejista deve calcular qual o valor de mídia que ele utilizaria para divulgar sua loja própria e destinar parte dessa verba para cobrir a comissão das vendas oriundas do marketplace.

Cabe ao varejista avaliar os diversos marketplaces que existem no mercado e definir aquele que melhor irá atender sua estratégia. Aspectos importantes que devem ser analisados:

o Audiência do marketplace: entender o tráfego diário e o perfil desse consumidor.

o Taxas e comissões.

o Serviços adicionais que o marketplace oferece.

O importante é cada empreendedor avaliar qual a melhor alternativa considerando o grau de maturidade do seu negócio e quais objetivos de venda se quer atingir. Independente da estratégia é o varejista quem determina quais produtos quer vender, quais quantidades irá disponibilizar, valores e condições comerciais, ou seja, ele pode testar e calibrar as diferentes abordagens.

O Brasil vive um boom dos marketplaces. Além de termos no mercado gigantes internacionais como Amazon e Alibaba, existe um movimento forte dos grandes varejistas em evoluírem suas operações online e também se transformarem em plataformas de soluções completas agregando outros produtos e serviços. Exemplos não faltam como C&A, Leroy Merlin, HiHappy entre outros. Ontem, dia 29/abril, Magazine Luiza anunciou a compra da Netshoes, mais um importante movimento que irá transformar ainda mais esse mercado. Os pequenos não podem ficar de fora disso. Estudem as diversas possibilidades e definam suas estratégias para alcançar o melhor resultado e participar desse jogo. Boas vendas!!

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Carol Giordani
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Carol Giordani

Varejo, Digital, Inovação, Imersão no Vale do Silício e Ásia com foco em tendências de mercado.

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