Com base em teoria desenvolvida por físicos do MIT, podemos entender o que garante a alta performance de algumas empresas e países e o que falta para o Brasil avançar
A alta performance é continuamente almejada, seja no universo corporativo ou governamental, no entanto, o modelo que incentiva investir apenas em mentes geniais para alcançar este resultado pode estar com os dias contados. Com base em estudos desenvolvidos por físicos do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) para produzir serviços e produtos de alto valor agregado e alta produtividade é exigida a capacidade das pessoas trabalharem de forma coordenada em grupo, não bastando o trabalho individual de grandes especialistas.
De acordo com a Teoria das Redes Complexas, isso se explica essencialmente pelo fato de cada pessoa ter um limite de armazenagem e processamento de informações, chamados person bytes. Para obter o conhecimento e know-how de como fazer produtos e serviços avançados são necessários muitos person bytes, ou seja, diversas mentes trabalhando em equipe.
A riqueza vem do trabalho em equipe. Mentes geniais individuais não são o caminho. O segredo está em conseguir desenvolver uma mente coletiva genial. E para que as pessoas trabalhem de forma coordenada em grupo é necessário um ingrediente importante: a confiança. As pessoas somente irão cooperar e se conectar umas as outras se tiverem confiança.
A riqueza vem do trabalho em equipe. Mentes geniais individuais não são o caminho.
A questão não se restringe a produtividade de empresas, mas também das nações. É possível explicar porque alguns países são ricos e outros pobres. Os países mais ricos atualmente reúnem as condições que facilitam o trabalho em equipe e a conexão entre as pessoas, tornando o potencial muito maior para criação de soluções de alta complexidade e elevado valor para a sociedade.
Outro ponto chave é que empresas e países com problemas de corrupção e impunidade tem sérios problemas em incentivar a cooperação entre as pessoas, e que isso reflete diretamente nas relações e na capacidade das pessoas cooperarem. A corrupção, combinada com a impunidade, é o que mata a confiança em uma sociedade. É o veneno que condena o desenvolvimento e a inovação. No Brasil, vemos os reflexos disso na relação entre as pessoas.