A resposta é mudar de postura e identificar o seu talento. Não dá mais para aprender com experiências do passado
Sempre vi a grande maioria das empresas e das pessoas adotando posturas imediatistas, muito voltadas ao presente. Comecei a perguntar se as pessoas pensam e planejam algo para o futuro e qual é a atenção dispensada ao que está por vir. E sabe o que foi que eu ouvi? Respostas como estas: “Primeiro temos que pensar nas prioridades!”, “Depois a gente vê, ainda há tempo”, etc.
Engraçado, como se o futuro não fosse uma prioridade ou não chegasse nunca! Não, não mesmo! Quando se trata do sucesso da sua carreira ou do seu negócio, não há depois! O depois já é tarde. É incrível como muitos insistem em não ver que o futuro já começou e que somos nós que o fazemos. Será que você também pensa e age assim? Você consegue identificar se é uma pessoa apegada ao passado ou ao presente?
Se você se encaixa neste perfil, sinto muito. Mas, você ainda não entendeu o que anda nos acontecendo. Você ainda não percebeu que não dá mais para aprender com experiências do passado, pois estas são obsoletas e ocupam o espaço para novos conhecimentos.
Para começar a mudar essa postura, costumo sempre tocar na questão do talento. Sim, porque todos nós temos talento. Mas, primeiro é preciso identificá-lo, para depois investir nele e se tornar seu próprio empresário. Isso mesmo, você empresário do seu talento. Afinal, é através do diferencial que cada um possui, que ações se concretizam, oportunidades surgem e a carreira e os negócios deslancham. E o futuro? Bem, ele pode estar assegurado se com o seu talento você souber aonde quer chegar e conseguir partir para a ação sem demora.
Costumo dizer que nada é por acaso...passei minhas férias sabáticas na Europa no começo do ano. Eu buscava material sobre o futuro, principalmente depois de perceber que o velho continente está cheio de pessoas inovadoras, que fazem projeções e se planejam para o que virá. Foi então que em uma livraria em Londres, um livro caiu em cima da minha cabeça, literalmente. O livro era “10 lessons from the future (10 lições do futuro)”, de Wolfgang Grulke. Exatamente aquilo que eu buscava, algo que falasse mais de como podemos aprender com o futuro.
Você deve estar se perguntando como é possível aprender com algo que ainda não aconteceu, não é mesmo? Eu sei, os novos conceitos podem chocar e trazer muita insegurança. Às vezes ficamos até mesmo atordoados, mas é um caminho sem volta. Se em breve poderemos clonar gente, porque é que daqui a algumas décadas não será possível criarmos máquinas que não precisem mais dos seres humanos? As mudanças são inevitáveis em todos os âmbitos. E temos que estar preparados para elas.
Quebrar os paradigmas, reaprender, rever conceitos que adotamos e inseri-los no momento atual é realmente difícil. Posso dar um exemplo de como até as coisas mais singelas e remotas do nosso passado, passaram por uma evolução. Você se lembra das fábulas, das historinhas infantis? Pois é. Não são mais as mesmas. Final feliz não existe mais. Digo isto porque vivemos etapas felizes que se encerram para que outras etapas comecem, afinal, tudo na vida tem seu ciclo.
Até as músicas que aprendemos, como o “Atirei o pau no gato”, também estão reformuladas. Atualmente são ensinadas de uma maneira política e ecologicamente correta às novas gerações. Pare para pensar. Você acha que há algum sentido em ensinar uma criança a maltratar animais desde pequenininha?
Pensando bem, visualizo que daqui a pouco tempo veremos nos jornais, anúncios com a seguinte manchete: “Procura-se executivo paranormal”. Isso mesmo, acredito que os profissionais terão que ser paranormais, ou quem sabe, meio médiuns. Por quê? É possível constatarmos, diariamente, que é preciso antever os problemas e as soluções, e tomar decisões cada vez mais baseadas no instinto, no feeling . Sem falar na inteligência. Ela está se ampliando, já se descobriu que o cérebro é plástico, que você precisa aprender a utilizar todo o seu potencial, usando os dois lados do cérebro, além do corpo caloso.
Na última década muito se falou sobre a inteligência emocional. Depois dela abordaram as inteligências múltiplas. Eu acredito na inteligência plena, que é a inteligência de cada célula do seu corpo. Se no futuro os biorobôs poderão ter acesso a todo o conhecimento do mundo, nós já nascemos com tudo isso em nosso DNA. Estamos em evolução contínua, já se constatou que o QI (Quociente de Inteligência), aumentou ao longo dos anos, passando de 100 para 112. Viva o genoma!
Esse é o futuro que temos que fazer, cheio de consciência e sinergia com o planeta. São paradigmas, conceitos e posturas com os quais crescemos e que devem ser mudados. As inovações tecnológicas refletem diretamente no comportamento de todos, das pessoas, das empresas, até no das nações. Temos aí um novo estilo de vida e de trabalho. O conceito de emprego está se transformando. E nós temos que nos transformar também. Não temos como escapar do futuro, mas podemos nos preparar para ele e fazê-lo ser muito bom.
Hoje, as habilidades procuradas nos profissionais são outras. Não posso deixar de mencionar novamente o que citei acima: a procura por profissionais paranormais, porque serão profissionais com garantia de êxito, que conseguirão ler pensamentos e se antecipar aos problemas. Agora você tem que, antes de tudo, ter características de empreendedor, ou seja, ter iniciativa, ser inteligente, articulado, ler muito, desempenhar várias tarefas ao mesmo tempo, ser disciplinado, ter boa formação cultural, saber trabalhar em equipe, ter rapidez na correção de erros e rapidez na criação de soluções para eles, falar inglês, estar sempre conectado com tudo e com todos que estão por perto, e ter um mínimo de conhecimento em informática.
Como diz Bill Gates “adotar o modo de trabalho da web não é opção, é necessidade”. Sem dúvida, o gerenciamento da inteligência e do talento, está em compartilhar conhecimentos e informações. Empresas e colaboradores devem estar sempre abertos a aprender, administrando os recursos intelectuais e priorizando as ferramentas que possibilitem essas ações. E a informática tem um papel fundamental nisso.
Está mais do que claro que o sucesso passa por se saber gerenciar o capital intelectual e as habilidades presentes em cada um. Isso é aumentar o potencial humano para agir, decidir, fazer a diferença e inovar diante de mudanças, tendências, necessidades e problemas. Esse é o talento do futuro!
Tudo isso passa por se ter visão e saber compreender o momento, para estar pronto para o que vai acontecer. É a visão que consegue buscar inspiração e soluções até mesmo nos momentos de crise. E inovar também pode ser a chave para o futuro, porque se é você quem está inovando, não há como o desconhecimento do futuro ser tão preocupante assim.
Empresas e pessoas devem aprender sempre e compartilhar conhecimento e informação. Citei o capital intelectual, mas não posso deixar de falar sobre o capital social, que é a habilidade em dividir, compartilhar conhecimento tanto entre empresas, quanto entre colaboradores e também entre empresas e colaboradores.
Acredite que você é único, inovador e empreendedor. Assuma essa postura desde já. Faça a sua parte, acredite em si mesmo, no seu potencial criativo e no que só você pode oferecer de diferente no que faz. Você pode ser um talento do futuro e ainda não sabe!