Pois é, nunca marcamos de falar com a gente mesmo, deixamos sempre pra depois. Sempre tem alguém ou algo mais importante a fazer, e sabe por que? Porque se encarar nem sempre é confortável, as vezes dói, as vezes frusta, as vezes não acontece nada mesmo rs.
O que acontece é que NÃO fomos educados para olhar pra dentro, entender e conscientizar sentimentos, ser frágil, inseguro e triste. Ouvimos desde cedo, engole o choro, seja forte, seja gentil ( para agradar tudo e todos), e o principal que mais ouvimos é:
SEJA FELIZ! Ou seja, nos culpamos em ser triste, não podemos ser tristes, temos que fugir desse sentimento desprazeroso.
Aí que mora o PERIGO, fugir da dor! Vamos imaginar que nossos sentimentos estão dentro de uma casa, e tem um quarto exclusivo pra dor. O melhor exercício é passar pra dar uma olhada na nossa DOR todo dia, ver o tamanho, se cresceu, o que fez ela crescer ... sabe por que? Por que se não a visitamos diariamente, tem um dia que ela não cabe mais no quarto, ela explode a porta e nos golpeia, sem a gente perceber de onde esta vindo o murro.
Foi o que aconteceu com a minha em 2017, a conta chegou com uma DEPRESSÃO indesejada, claro não planejamos depressão. Mas eu poderia estar mais consciente, de que ela estava chegando se eu visitasse o quartinho da dor mais vezes. Mas eu cresci fugindo da dor, sem saber do tamanho dela. Cresci sorrindo quando queria chorar, agradecendo quando eu deveria questionar, falando SIM quando deveria falar NÃO.
Então por menor que seja a reunião, marque uma com você diariamente, nem que seja um café, um banho, uma música e direcione os seus pensamentos ao que você esta sentindo, faça um balanço. Exercite a dizer mais vezes o NÃO, quando não lhe agradar ou lhe machucar, permita o diálogo de conflito (e não estou dizendo o violento, mas o de conflitar ideias).
Ninguém é feliz o tempo todo, não temos que ser obcecados pela FELICIDADE e sim em SOFRER menos.