No célebre e inesquecível discurso de Steve Jobs para a Universidade Stanford, em 2005, o gênio disse:
“Ser demitido da Apple em 1985 foi o melhor que me aconteceu. O peso do sucesso foi tirado dos meus ombros e substituído pela leveza de ser, de novo, um iniciante. Aquilo foi muito duro, foi um soco no estômago, mas me libertou. Entrei no período mais criativo da minha vida.”
O leitor pode estar questionando, e dai? Pois eu retorno com outra questão: qual o “tranco” que às vezes precisamos receber para mudarmos nossas vidas, relações no trabalho, nossos objetivos, etc.?
Quando deixei o último emprego em 2005 (mesmo ano do discurso de Jobs), minha saída da Camargo Corrêa já era esperada por mim mesmo há alguns meses. Confesso que até torcia para que a fatídica e derradeira conversa com a nova diretoria acontecesse com a brevidade de um supersônico...
Por três vezes em datas anteriores me tranquei com meu diretor e, entre outras manifestações, disse “que não o admirava mais há algum tempo…que ele deveria nos liderar pelo exemplo, jamais somente pelo cargo...”. Tenho contado isso em minhas palestras sobre liderança e costumo arrancar algumas risadas da platéia.
O fato é que eu tinha meu projeto na gaveta e alguns colegas da empresa até sabiam da existência dele, me chamando de louco em muitas ocasiões. Deixar o “certo” por uma aventura? Aventura nada, eu tinha convicção da consistência do meu projeto!!
Confesso, contudo, que para o projeto virar realidade passei por um “bocado” de desafios, dificuldades, inseguranças e sentimentos desconhecidos até então. Sem nenhuma vergonha, também confesso que, em determinados momentos de “vacas magras” na atualidade (sim, eles existem como em qualquer mercado...) revivo tais sentimentos amargos....
Não estou sugerindo que o leitor faça qualquer “rabisco em papel de pão” e o chame de projeto para sua empresa e até para a vida e passe a norteá-lo sem fundamento.
O projeto precisa ser descrito ao extremo, bem como cenários favoráveis e adversos que deverão ser ensaiados à exaustão.
Não existe “bola de cristal de sucesso”, mas o “contraste atitudinal” entre a moderação e o arrojo é que vai revelar o momento certo para o amadurecimento da ação.
Somente peço para que não fique acomodado na moderação da zona de conforto.
Como diz o Gabriel, o Pensador na FANTÁSTICA canção “Até Quando?”
“Muda que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente!
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro!”
...pois é, “na mudança de postura a gente fica mais seguro...na mudança do presente a gente molda o futuro...”
Você está seguro? Prepare-se: Sucesso é o seu destino!