Criatividade e inovação muitas vezes são conceitos relacionados. Afinal, grande parte das inovações surge da combinação de coisas que as pessoas não esperariam ver juntas.
E a gente já falou aqui que o conceito de criatividade envolve combinar ideias para solucionar problemas ou expressar o que sentimos e pensamos.
Mas como isso acontece na era digital? Quais são os pontos positivos e negativos da criação neste ambiente?
Neste artigo, vou falar como a criatividade e a inovação andam juntas, especialmente para quem produz conteúdo para as redes sociais. E refletir como podemos ter um processo criativo mais saudável e mais sustentável neste meio tão acelerado.
O que é criatividade na era digital
Uma das formas mais divertidas de praticar a sua criatividade de forma inovadora é questionar padrões que tendem a ser considerados normais – e que são tratados muitas vezes como regras.
E as redes sociais têm influenciado – e vão continuar influenciando – o futuro da criatividade. Primeiro porque esse ambiente virtual se torna um espaço quase infinito de busca de referências e inspiração.
Segundo, porque ter acesso a esse vasto conjunto de experiências e formatos, ao mesmo tempo que pode ser incrível, também pode acabar atrapalhando a criatividade.
Quem nunca ficou horas rolando o feed do Instagram, sem se conectar minimamente com aquelas informações? Ou mesmo não se lembra qual foi o último momento de ócio – sem recorrer às telas – tão importante para trabalhar a criatividade e a inovação?
Qual o papel das redes sociais para a criatividade e a inovação
As redes sociais (e as demais tecnologias digitais) fazem cada vez mais parte da nossa rotina, tanto em casa, no trabalho, assim como nos momentos de lazer.
As barreiras entre o on-line e o off-line estão cada vez mais tênues e isso faz a gente sentir que precisamos estar sempre disponíveis, agradar o algoritmo, além do fato de que somos impactados praticamente o dia inteiro por diferentes estímulos.
Mas em um contexto de criatividade e inovação o acesso à informação não deve ser considerado um problema, desde que haja uma curadoria dessas informações, além de uma contextualização clara daquilo que aprendemos.
Afinal, se consumimos com intencionalidade e adaptamos as informações para o nosso contexto, isso é algo positivo.
Para trabalhar a criatividade, é cada vez mais necessário entender como aplicar o que lemos e vemos nas redes sociais na nossa realidade. Caso contrário, corremos o risco de acessar as redes sociais no piloto automático, como uma rodinha de hamster.
Além desse consumo desenfreado de informações e o excesso de estímulos, experimentar processos criativos nas redes sociais pode gerar uma tendência à comparação – que pode gerar ansiedade e prejudicar o seu processo criativo.
É importante manter em mente que as redes sociais são projetadas para nos manter conectados pelo máximo de tempo possível, porque, assim, as empresas ganham mais dinheiro.
Por isso, esse processo de criar nos canais digitais de maneira intencional é tão desafiador – e a tendência é que continue ainda mais.
Mas isso não quer dizer que as redes são somente ruins. Como tudo na vida, há vantagens e desvantagens nesse meio.
Vamos abordar alguns prós e contras das redes sociais para os processos criativos, para que você tenha mais consciência quando estiver rolando seu feed
Pontos positivos e negativos da criatividade e inovação nas redes sociais
Antes de tudo, acho importante dizer que trabalhar com criatividade e inovação nas redes sociais vai além de olhar para o algoritmo.
Se você só cria baseado no que é mais visto e/ou entregue pela rede, é bem possível que você esteja seguindo uma receita de bolo que não te diferencia dos demais. Se você fosse igual à maioria, por que alguém se identificaria profundamente com você?
Por isso, uma primeira recomendação é: se permita experimentar em vez de tentar ficar do lado “seguro”
Se você quer potencializar o seu processo criativo nas redes sociais focando em inovação, vou apresentar dois pontos negativos e dois pontos positivos para você aproveitar esse ambiente com o máximo de consciência:
Ponto negativo 1 – repetição de referências
Se criatividade é sobre combinar ideias e as ideias que você tem contato são referências muito similares com as de outras pessoas, é possível que os resultados sejam bem parecidos com aqueles que elas têm criado.
Para inovar, é preciso colocar uma lente nova. Por isso, acredito que pode ser legal pensar em momentos de experimentação, buscando novos formatos, novas referências e combinações.
Ponto negativo 2 – exposição às métricas
Quase tudo nas redes sociais é metrificado. Seja pelo número de visualizações, curtidas, comentários, tudo isso é visível para o usuário (e algumas métricas são públicas).
Essa metrificação pode ser considerada negativa porque quando começamos a desenvolver uma habilidade, a tendência é que leve um tempo até fazermos isso muito bem. No início, as ideias ainda estão tomando forma e precisam de refinamento.
Nas redes sociais, a exposição às métricas desde o início do processo pode desmotivar e levar à desistência. Além disso, perdemos o tempo de errar, insistir, testar – e as métricas podem nos confundir e desmotivar durante esse processo de aprendizado.
Ponto positivo 1 – adaptabilidade de formatos
Nas redes sociais, os formatos dos conteúdos em cada rede passam por constante atualização e mudam muito rápido.
Normalmente, os algoritmos de cada canal – que interpretam o comportamento de consumo dos usuários e definem como e quanto seu conteúdo será visto – priorizam a entrega de alguns conteúdos em vez de outros.
Embora eu entenda que o excesso de mudanças possa gerar preocupação, também gosto de pensar que é uma oportunidade para estimular a criatividade, inovação e pensar como o nosso conteúdo pode ser adaptado naquela linguagem.
Desenvolver essa adaptabilidade pode ser um exercício criativo interessante, por estimular novos pontos de vista, já que a tendência é que tudo siga mudando.
Ponto positivo 2 – exposição do nosso trabalho de forma mais democrática
Outro ponto positivo das redes sociais e da criatividade na era digital é conseguir expor nosso trabalho de uma forma muito acessível e democrática.
Isso porque a descoberta das suas criações não precisa passar pela curadoria de um veículo de mídia, por um grande investimento em publicidade, ou espaço físico para expor seu trabalho.
É importante pensar que:
1) Criar nas redes sociais envolve altos e baixos: tem momentos em que a distribuição mostra seu conteúdo para mais gente; em outros, para um público menor.
2) Nos dias ruins, é bom colocar em perspectiva esses números: não são apenas números, são pessoas impactadas pelo seu trabalho.
3) Como seria difícil e quanto esforço seria preciso para alcançar essas pessoas se os canais digitais não existissem?
Ou seja, as coisas oscilam! Mas mesmo que o alcance seja menor que o normal, ainda é uma forma de botar em perspectiva que a gente consegue se beneficiar dessa ferramenta
5 Formas de lidar com stress e ansiedade na era digital
Reuni aqui algumas recomendações para usar as redes sociais sem pirar durante o processo.
1) Tenha uma Paz(tinha)
Um dos maiores gestos de autocuidado que alguém pode ter nessa era digital é criar uma (Paz)tinha.
Trata-se de uma pasta onde você guarda prints de elogios e reforços positivos sobre suas qualidades e até retornos sobre suas criações. Um lugar seguro que você pode acessar na palma da sua mão nos momentos difíceis.
2) Tenha um equilíbrio saudável entre consumo e criação
Como já falamos, a criatividade envolve combinar ideias para solucionar problemas. Essa conexão, responsável por gerar ideias criativas, têm muito a ver com o processo de nutrição de referências.
É importante tentar manter um equilíbrio saudável entre a energia investida para consumir conteúdo e a energia investida em criar, numa equação em que o tempo de consumo e o tempo de execução de ideias sejam alinhadas com os seus objetivos atuais.
Lembre-se que essa frente de criação não precisa ser formal. Você não precisa ter um perfil no Instagram, um canal no YouTube, um Medium ou pensar no seu projeto como um negócio.
Esse processo de combinação de ideias pode acontecer numa roda de conversa entre amigos, numa discussão sobre livros que você leu, ou mesmo em reflexões escritas em um caderno que só você tem acesso.
3) Tente evitar comparações injustas
Acessar as redes sociais com frequência estimula uma sensação de comparação da nossa vida real com o recorte da vida de outras pessoas. É como se todo mundo estivesse feliz e bem resolvido, menos você.
Como não existe um botão para desligar as comparações, por que não mudar o ponto de vista e interpretar esses estímulos de uma forma realista e mais saudável para a gente?
4) Ampliar a busca de referências para outras plataformas – além do Instagram
Quando for buscar referências, não dependa exclusivamente do Instagram – uma rede que possui vários mecanismos para te manter conectado.
Varie sua pesquisa com outras fontes de referências, como The Noun Project, Pinterest, Medium e até newsletters de escritores e artistas que você admira.
Lembre-se também das referências offline: conversas ao vivo, paisagens, leituras em papel. Coisas simples e “mundanas” podem se transformar em algo novo. Basta um novo olhar.
5) Parar de tentar cobrir uma ferida profunda com um band-aid
Aplicativos que ajudam a reduzir o consumo são importantes. Mas será que antes de recorrer a uma ferramenta que limita ou bloqueia o acesso às redes, não é importante refletir por que o seu consumo está exagerado?
Vale se perguntar qual é a necessidade de atualizar o feed do Instagram toda hora, ou por que o celular é uma ferramenta para o tédio e o que está por trás disso. Essa pergunta macro é ainda mais importante que usar uma solução paliativa para um problema mais profundo.
O que você aprendeu até aqui
Neste papo sobre criatividade e inovação na era digital, aprendemos sobre a conexão entre ter ideias diferentes e criar coisas novas, principalmente nas redes sociais.
Esse processo tem vantagens, como ter um monte de referências à mão e poder adaptar seu conteúdo aos formatos e linguagens disponíveis, mas também desvantagens, como ficar horas rolando o feed, estar refém das métricas e correr o risco de se comparar com todo mundo.
Também trouxe algumas sugestões para não pirar no processo, como evitar se comparar, buscar inspiração fora do Instagram, equilibrar consumo e criação e estabelecer uma pasta com bons feedbacks para levantar o astral.
Se você pretende usar as redes sociais para um processo de criatividade e inovação e quiser um acompanhamento para botar a mão na massa, considere conhecer o meu método para destravar a sua criatividade.
Artigo por: Tira do Papel
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