Dez anos depois de ver a vida mudar completamente, Lucas Junqueira, esteve em um local no qual jamais imaginava. Em janeiro de 2009, quando se divertia na praia de Ponta Negra, no Rio Grande do Norte, ao mergulhar em uma onda, bateu a cabeça em um banco de areia e fraturou a quinta vértebra da cervical. Naquele instante começou uma jornada que ainda estaria longe do fim. Uma nova perspectiva de vida começou quando sentou pela primeira vez em uma cadeira de Rugby. Hoje é atleta da Seleção Brasileira de Rugby em Cadeira de Rodas e atingiu o auge de um atleta, participar de uma Paralimpíada, o maior evento paradesportivo do mundo. Além do Jogos Parapan–Americanos de 2015 em Toronto, Canadá, Lucas também participou dos Jogos Paralímpicos Rio 2016. “Uma coisa que aprendi com meus pais foi sempre agir diante de uma situação ruim e não ficar remoendo aquilo. Foi o que eu fiz. Minha decisão sempre foi seguir em frente. Minha família, meus amigos sempre me deram força. Então, não tinha motivo para esmorecer”.
Conquistas
. Indicado ao Prêmio Paralímpico em 2013 (atleta do ano)
. Conquistou a primeira medalha de ouro do Brasil no Rugby em Cadeira de Rodas em 2013
. Participação nos Jogos Parapan-Americanos de TORONTO/CAN em 2015
. Participação nos Jogos Paralímpicos RIO 2016
. Campeão Brasileiro pelo RONINS em 2017
. Eleito o melhor jogador do Campeonato Brasileiro em 2017, 2018 e 2019
. Convocado para representar o Brasil nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019
Independência
Lucas atualmente é atleta do RONINS Quad Rugby e da Seleção Brasileira. O Rugby, então, virou uma profissão. Mas a relação dele com o esporte vai bem além do profissional. É uma relação de vida. Os treinos, estímulos e as necessidades que o esporte impôs foram fundamentais para ajudá-lo a conquistar a independência, que é o desejo de muitos deficientes. “O esporte me ajudou muito a adquirir resistência e força. Por mais que eu ainda tenha vários músculos inativos, os poucos que recuperei consegui adaptar a situações do dia a dia. E o rugby ajudou nisso. Até porque, preciso dessa independência. Na delegação são 12 atletas e 3 ou 4 pessoas como apoio. Então você tem que se virar sozinho”.
Chegada da Paçoca
Lucas ganhou um cão de assistência que foi treinado por um programa criado pela Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), para exercer as funções de assistente e coterapeuta. Paçoca foi treinada desde os dois meses de idade com a missão de auxiliar Junqueira, possibilitando a ele uma maior independência e autonomia. Lucas e Paçoca possuem um relacionamento incrível! A parceria entre eles é algo admirável de ser ver. “Ela tem me ajudado bastante. Pela altura da minha lesão, tenho um grande grau de comprometimento motor, logo preciso de ajuda nas minha tarefas diárias e a pequena (Paçoca) tem sido fundamental na minha busca por independência e autonomia.”
Alguns temas de suas palestras:
. Trabalho em equipe
. Superação
. Resistência e Força
. Independência
. Motivação
. Qualidade de vida
. Autonomia
. Acessibilidade