Luiz Henrique Mandetta é um médico ortopedista e político brasileiro. Foi deputado federal por Mato Grosso do Sul entre 2011 e 2019 e Ministro da Saúde no governo de Jair Bolsonaro, entre 1º de janeiro de 2019 e 16 de abril de 2020.
Secretário Municipal da Saúde
Em 2004, seu primo Nelsinho Trad foi eleito prefeito de Campo Grande, e convidou Mandetta para assumir a Secretaria Municipal de Saúde, primeiro cargo público da carreira do médico. O secretário assumiu durante um surto de dengue no município, focando seu trabalho em campanhas contra os vetores da doença, mais tarde dando palestras sobre seus métodos para combater a doença em todo o Brasil.
Deputado federal
No começo de 2010, Mandetta saiu do PMDB para concorrer ao cargo de deputado federal. Foi eleito pelo DEM nas eleições de 2010, recebendo 78,7 mil votos, sendo posteriormente reeleito com 57,3 mil votos nas eleições de 2014, para a 55.ª legislatura (2015-2019).
Como deputado federal, o conservador Luiz Henrique foi oposição ao Governo Dilma Rousseff, especialmente ao programa Mais Médicos e se mostrou contrário a legalização do aborto, no entanto, o mesmo também defendeu o uso da maconha medicinal. Além disso, ele focou na pauta da saúde, frequentemente defendendo mais recursos para a área.
Adicionalmente, votou a favor do processo de impeachment de Dilma Rousseff. Posteriormente, foi favorável à PEC do Teto dos Gastos Públicos. Em abril de 2017 votou a favor da Reforma Trabalhista. Em agosto de 2017 votou a favor do processo em que se pedia abertura de investigação do então Presidente Michel Temer. Em outubro de 2017, na votação para a criação de um fundo público para financiamento das campanhas eleitorais, foi um dos deputados que votou a favor. Foi ele que recebeu a deputada Tereza Cristina, na época recém expulsa do PSB por ter votado a favor da reforma trabalhista, no Democratas.
Inicialmente, Mandetta era visto como pré-candidato ao cargo de Governador de Mato Grosso do Sul pelo Democratas, mesmo com o partido sendo base aliada do governador Reinaldo Azambuja. No entanto, anunciou sua aposentadoria política, afirmando que desejava ficar mais tempo com sua família. Consequentemente, não se candidatou à reeleição nas eleições de 2018.
Gestão e crise durante a pandemia de COVID 19
Em 2020, Mandetta ganhou expressiva notoriedade à frente do Ministério da Saúde, no combate à pandemia de COVID-19, algumas vezes contrariando o próprio presidente da República.
No dia 31 de janeiro de 2020, o ministro reativou um Grupo de Trabalho Interministerial de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e Internacional para atuar no enfrentamento da pandemia. Sob seu comando o grupo passou a realizar monitoramento diário da situação junto à Organização Mundial da Saúde, atualizando diariamente as informações na Plataforma IVIS, com números de casos suspeitos, confirmados e descartados, além das definições desses casos e eventuais mudanças em relação à situação epidemiológica.
Em uma pesquisa do Datafolha realizada por telefone com 1 511 pessoas entre os dias 1.º e 3 de abril de 2020, a gestão de Mandetta tinha aprovação de 76 por cento da população, sendo que 82 por cento dessa aprovação era de eleitores do presidente Bolsonaro. Na época, ele se mostrou cético do uso da cloroquina no combate ao coronavírus, quando o chefe de executivo recomendava seu uso, e criticou a passeata promovida pelo presidente, por descumprir o isolamento social.
Temas de Palestras:
- Coronavírus / Covid-19
- Inovação em Saúde
- Saúde
- Direito Nacional
- Economia Cenário Nacional e Internacional
- Gestão Pública
- Política