Conceição Evaristo



Conceição Evaristo

Conceição Evaristo foi criada na periferia, tendo sua mãe como principal incentivadora da leitura. Joana Josefina Evaristo Vitorino colecionava cadernos de seus próprios escritos. Mais tarde, Conceição saiu da favela para poder conciliar os estudos do curso normal enquanto trabalhava como empregada doméstica. Concluiu o curso normal já aos 25 anos.




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Conceição Evaristo foi criada na periferia, tendo sua mãe como principal incentivadora da leitura. Joana Josefina Evaristo Vitorino colecionava cadernos de seus próprios escritos. Mais tarde, Conceição saiu da favela para poder conciliar os estudos do curso normal enquanto trabalhava como empregada doméstica. Concluiu o curso normal já aos 25 anos.

Mudou-se então para a cidade do Rio de Janeiro, onde passou num concurso público para o magistério, permanecendo ligada aos quadros do município, também foi professora da rede municipal de Niterói.

Conceição prestou vestibular para o curso de letras na Universidade Federal do Rio de Janeiro, conseguindo bolsa de pesquisas durante o período. No seio da universidade, entrou em contato com o grupo Quilombhoje, que a incentivou a iniciar sua escrita. Estreou na literatura com obras publicadas na série Cadernos Negros, publicada pela organização.

Cursou mestrado em letras-literatura brasileira pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Sua dissertação foi intitulada Literatura Negra: uma poética da nossa afro brasilidade e foi defendida em 1996.

Após seu doutoramento, Conceição, serviu como professora em diversas instituições, tais como o Middlebury College, a PUC-Rio, a Universidade do Estado da Bahia, a Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões e a Universidade Federal de Minas Gerais.

Suas obras, em especial o romance Ponciá Vicêncio, abordam temas como a discriminação racial, de gênero e de classe. Seu primeiro romance, foi foco de pesquisa acadêmica pela primeira vez, no Brasil, em 2007. A obra foi traduzida para o inglês e publicada nos Estados Unidos.

Conceição Evaristo foi tema da Ocupação do Itaú Cultural de São Paulo. Já em 2019, Conceição Evaristo foi a grande homenageada da Bienal do Livro de Contagem.

Oficializou sua candidatura à Academia Brasileira de Letras, entregando a carta de autoapresentação para concorrer à cadeira de número 7, originalmente ocupada por Castro Alves. Segundo o Portal da Literatura Afro-Brasileira, a autora escreveu na carta: “Assinalo o meu desejo e minha disposição de diálogo e espero por essa oportunidade”.  A eleição ocorreu em 30 de agosto, Conceição recebeu um voto, acabou eleito o cineasta Cacá Diegues.

Em 15 de fevereiro de 2024 foi eleita para a cadeira de número 40 da Academia Mineira de Letras, sucedendo a escritora e professora Maria José de Queiroz. A posse aconteceu no dia 08 de março de 2024. A cadeira de número 40 foi fundada por Pinto de Moura e tem como patrono o Visconde de Caeté.

Temas de Palestras:

- Educação/Educadores;
- Letras;
- Escritores;
- Discriminação Racial;
- Cultura e Letramento;

AT 07-24
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